Chauncey Zachariah Bennett(abreviado para C.Z. Bennett, ou Chauncey Z. Bennett), nasceu em 1875, em Michigan, Estados Unidos. Era filho do americano Zachariah Bennett e da canadense Mary Bennett(Haskins: sobrenome de solteira), e tinha 5 irmãos(3 deles eram meio-irmãos).
Ele era um criador de Pit Bulls, e solicitou o reconhecimento da raça ao American Kennel Club(AKC). Seu pedido foi negado, já que o AKC recusava-se a reconhecer uma raça de cão de briga. Indignado, em 10 de Fevereiro de 1898, aos 23 anos de idade, Bennett fundou seu próprio clube cinófilo: o United Kennel Club(UKC). Ele utilizou o sistema numérico para registrar cães no seu clube, e o primeiro cão registrado foi um Pit bull de sua propriedade, chamado Bennett's Ring. Consequentemente, este foi também o primeiro American pit bull terrier, a ser registrado em cartório.
Bennett foi presidente do seu clube cinófilo desde a fundação do mesmo, até 1936, ano de sua morte. Deixando a presidência do clube para sua única filha, Frances Ruth Bennett(Fuhrman: sobrenome de casada).
Sua política de criação, a qual promovia, era chamada de "Total dog", ele acreditava que um cão perfeito e completo teria uma aparência tão boa quanto sua aptidão. Ou seja, pra ele um cão completo seria aquele que fosse ao mesmo tempo bonito(dentro do padrão) e funcional.
Documentário - Segredos do pedigree(assista logo abaixo). Um documentário que mostra o que está acontecendo com os cães de raça que são selecionados pela "beleza" para exposições. Cruzamento consanguíneo alastram doenças genéticas, selecionamento por características físicas exageradas e inaturais causam enormes problemas aos cães. Até onde você iria para produzir um cão com a aparência que lhe agrade? O Blog do Pit Bull é em prol dos cães de trabalho(que são selecionados pela função, não pela "beleza"). [assista direto neste link http://mais.uol.com.br/view/wkgk9rozkklc/segredos-do-pedigree-parte-1-0402336CE4B98346?types=A , se não funcionar no Google Chrome, tente pelo Mozilla Firefox]
Como ensinar o Pit Bull à parar de puxar a guia e passear direito?
O ideal é ensinar desde filhotinho, porém se o seu cão já é adulto e te arrasta pela rua... siga as dicas à seguir.
passeio com pit bull de focinheira
Primeiramente, um Pit Bull que puxa o dono pela rua é um cão que está com MUITA energia acumulada. Então, para reeducá-lo é necessário primeiro gastar esta energia para facilitar o seu trabalho. Você pode correr com o seu cão, ou então utilizar a esteira de corrida pra cães(Carpet mill - que pode ser construída em casa) ou qualquer outro tipo de exercício(natação por exemplo, etc).
[Leia os artigos "Coleiras e outros acessórios para Pit Bulls" e "Exercícios para Pit Bulls"]
Tendo gastado a energia dele, então coloque a coleira e vá para o passeio. Assim que o seu cão lhe puxar na rua, simplesmente dê meia-volta, mude de direção, o leve para caminhar na direção contrária. Quando ele puxar novamente, mude de direção de novo, e assim sucessivamente quantas vezes forem necessárias. Os cães não gostam de mudar de direção bruscamente, então à cada "tranco" que levar ele vai tentar entender o porquê daquilo estar acontecendo, e vai perceber que se quiser caminhar para a frente deverá seguir você, e ter que prestar atenção nos seus movimentos.
* A guia nunca deve ficar esticada/tensionada.
* O cão deve andar ao seu lado, nunca na sua frente e nem atrás.
* Não agite seu cão antes do passeio. Um cão agitado/ansioso dificulta o passeio. Se ele já fica assim quando vê a coleira, então todos os dias coloque os acessórios de passeio meia hora antes de sair. Ou simplesmente coloque e não passeie.
* O passeio, além de um exercício físico, deve ser um exercício mental. Onde exercita-se a socialização(com pessoas, cães e ambientes) e a liderança(quem domina o passeio, naturalmente é o líder).
ASSISTA OS VÍDEOS ABAIXO:
Este é um artigo de utilidade pública, uma informação que todo proprietário de Pit Bull deve saber.
Como separar uma briga de Pit Bulls?
Como todos sabem, o Pit Bull conserva forte temperamento Terrier, e isto somado ao seu selecionamento nas rinhas, torna-o naturalmente um cão brigão e isto pode trazer problemas para donos despreparados.
O ideal é sempre evitar qualquer situação ruim. E como evitar? A focinheira é ótimo acessório nestes momentos. Porém se o seu cão estiver sem focinheira e vier a brigar com outro cão, utilize as informações à seguir:
Algumas pessoas batem e dão pauladas no cão, na tentativa de fazê-lo soltar o outro cão. Saiba que isto é totalmente ERRADO, já que fazendo isto você só irá atiçar ainda mais o animal à brigar, e pode até lhe causar alguma sequela grave, considerando que ele não irá soltar. Jogar água também não vai adiantar.
HÁ PELO MENOS DUAS FORMAS DE SEPARAR UMA BRIGA DE PIT BULLS:
*Todo proprietário precavido deve possuir uma ferramenta própria para Pit Bulls, a "Break stick". Esta ferramenta é utilizada para abrir a boca do cão, e fazê-lo soltar qualquer coisa que estiver mordendo.
1º FORMA DE SEPARAR UMA BRIGA(usando a Break stick): Se possível, peça para que alguém puxe o outro cão pelas pernas traseiras, e que permaneça segurando. Enquanto isso segure o seu cão entre suas pernas, e com uma das mãos pegue-o pela coleira(se estiver sem coleira, segure pela pele do pescoço) encaixe a Break Stick no espaço vago entre os dentes do cão e GIRE, ele irá abrir a boca e soltará o outro cão.
OS VÍDEOS ABAIXO, MOSTRAM COMO UTILIZAR A FERRAMENTA DA MANEIRA CORRETA: (veja a segunda forma de separar uma briga logo abaixo destes dois vídeos)
2º FORMA DE SEPARAR UMA BRIGA: Caso você não possua a Break Stick, basta seguir os passos citados na "1º forma de separar uma briga", e invés de utilizar a ferramenta você irá pressionar uma região da garganta do seu cão. Isto fará ele abrir a boca. Veja no vídeo abaixo(à partir dos 2 minutos de vídeo):
A década de 1910 foi uma época em que "imagens em movimento" (filmes) foram ganhando popularidade. Os filmes eram mudos, mas o que lhes faltava em som era preenchido com ação e histórias. Um gênero que foi ganhando popularidade foi a comédia (mais precisamente, a comédia "pastelão"). Enquanto a cadela Jean era a mais famosa dos filmes de drama e romance, e cão Strongheart era um herói de ação, o mundo da comédia também teve sua estrela em ascensão - Luke, o Pit Bull.
Roscoe "Fatty" Arbuckle e o Pit Bull Luke ~1915
Minta Durfee, A esposa de Roscoe "Fatty" Arbuckle(famoso comediante), recebeu uma oferta: se ela fizesse uma cena bastante arriscada ela ganharia um "Bônus". A oferta foi feita pelo diretor Wilfred Lucas, e ela concordou. O diretor, não mencionou que não tinha a intenção de pagar-lhe em dinheiro. Ela fez a cena, e o diretor chamou o marido dela(Roscoe) para vir à sua casa naquela noite para receber o "bônus" da esposa. Wilfred entregou a Roscoe um filhote de pit bull com 6 semanas de idade e, embora bastante decepcionado que o prêmio não era dinheiro, Minta e Roscoe apaixonaram-se pelo cachorro e o chamaram de "Luke", em homenagem ao diretor. Com a idade de 6 meses Luke tornou-se um membro integral dos Estúdios Keystone. Eventualmente, Luke aparecia na folha de pagamento e ganhava 150 dólares por semana (cerca de um pouco mais de 3.300 dólares por semana atualmente).
Luke foi o ajudante do popular comediante Roscoe "Fatty" Arbuckle e co-estrelou 11 filmes entre 1915 e 1920. Durante sua carreira Luke também atuou com Al St. John e Buster Keaton. Luke morreu em 1926, com 13 anos de idade.
ABAIXO, UM VÍDEO COM ALGUMAS CENAS DO PIT BULL LUKE:
Um estudo realizado pela Universidade da Flórida, revelou que os abrigos de cães dos Estados Unidos constantemente estão identificando erroneamente cães como sendo da raça Pit Bull, apenas julgando pela aparência.
Cães que foram erroneamente identificados como Pit Bulls. O teste de DNA revelou suas verdadeiras descendências. Clique para ampliar a imagem
Amostras de sangue de 120 cães que foram identificados como suspostos "Pit Bulls', de quatro abrigos diferentes foram retiradas para análise. A análise de DNA, mostrou que os funcionários dos abrigos só identificam a raça correta em apenas 33% a 75% das vezes. Em mais de 48% das vezes, os cães avaliados não possuíam qualquer traço de sangue de Pit Bull. Outros eram mestiços, ou tinham parte do sangue de Amstaff.
O estudo foi financiado pelo Maddie’s Fund e pelo Merial Veterinary Scholars Program. (os DNAs utilizados para comparação foram de Amstaffs e de Staffbulls, o que pode comprometer a total veracidade da pesquisa)
* Em 2010, Jean Keatingproprietária do cão chamado Lucas, da foto abaixo, utilizou do mesmo artifício para impedir que seu cão fosse sacrificado. Um teste de DNA feito com a saliva de Lucas, mostrou que ele é predominantemente o resultado do cruzamento entre Bullmastiff e Boxer, e algumas outras raças em menos porcentagem(Weimaraner, etc), e não possuí nenhum vestígio de DNA de Pit Bull. Com o teste comprovando que Lucas não era um Pit Bull, a dona conseguiu salvá-lo. Este teste foi realizado pelo Mars Veterinary Wisdom Panel Insights.
Cão chamado Lucas, retirando amostra de saliva para teste de DNA que salvou sua vida.
Quais as consequências destes erros de identificação?
Os cães identificados erroneamente como Pit Bulls, tem dificuldades de serem adotados. E em alguns estados americanos, eles chegam até a serem sacrificados, pois existem leis de proibição à raças consideradas "perigosas". Estes mesmos cães (identificados erroneamente) quando causam algum acidente, entram para as estatísticas de ataques representando o Pit Bull, o que prejudica ainda mais a raça.
O certificado de Pedigree é um documento que contém dados a respeito de um cão de raça e principalmente sua árvore genealógica. Ou seja, é uma espécie de "certidão de nascimento" para cães.
O modelo abaixo é de um certificado emitido pela CBKC. Nele há o nome do cão, a raça, sexo, cor, data de nascimento, nome do criador e do proprietário, e os nomes dos pais, avós e bisavós do cão.
modelo (sem valor) certificado de pedigree, CBKC. Imagem ilustrativa encontrada na internet.
modelo ampliado, no detalhe dados do cão(nome, raça, sexo, etc)
O papel, o certificado em si, é apenas uma forma de organização, uma forma de manter registrada uma árvore genealógica. Este papel é fácil de adquirir(basta pagar) e não prova nenhuma pureza racial. O que define se um cão é puro ou não, são os cães que compõem a sua árvore genealógica(se todos os seus ancestrais forem de linhagens comprovadamente puras, o cão também será) e só quem pode avaliar isto é um estudioso de linhagens, que normalmente conhece inúmeros cães da raça.
E qual a importância do certificado de Pedigree? Bem, o certificado é uma forma de organização essencial para criadores profissionais. Pois através dele é possível estudar a genealogia de um cão, avaliar sua pureza, avaliar o temperamento dos seus ancestrais, avaliar a saúde dos seus ancestrais, e então determinar se o cão está apto a reproduzir, e selecionar os acasalamentos mais compatíveis e complementares. Tais informações podem ser obtidas com base em pesquisas sobre os ancestrais do cão, os quais só é possível saber o nome através do pedigree.
(utilizei como exemplo ilustrativo um registro CBKC apenas por estar em português) * Pedigree do Pit Bull
O pit bull possui uma árvore genealógica extensa(que chega até aproximadamente a década de 1860 ou 1850) e bem completa. As principais e mais importantes entidades cinófilas para a raça no MUNDO são o UKC (United Kennel Club) e ADBA(American Dog Breeders Association), ambas dos Estados Unidos(país de origem da raça). Estas entidades são as maiores e mais antigas a registrar e emitir pedigrees para o Pit Bull, e portanto os registros destas entidades são os mais valorizados dentro da raça APBT. Hoje considera-se praticamente uma obrigação que todo Pit Bull procedente possua registro emitido por pelo menos uma destas duas entidades. O registro ADBA é considerado o mais confiável e relevante, diante das recentes ações do UKC o qual está abrindo brechas para registro de alguns cães de origem duvidável e isto já vem acontecendo de fato, infelizmente.
Certificados emitidos por entidades brasileiras(ex. CBKC, SOBRACI, etc) contém pouca ou absolutamente NENHUMA importância para muitos criadores da raça no Brasil. Consequentemente, os cães que possuem apenas registro em entidades nacionais são desvalorizados pela maioria dos criadores profissionais que valorizam a procedência.